sábado, 25 de junho de 2011


Me foi pedido o número do telefone. Quem me ligaria seria a dona de uma voz já conhecida, mas que há muito não ouvia. O telefone tocou e, antes que vibrasse pela segunda vez, saquei-o. Lá estava eu, do alto dos meus dezoito, perdendo totalmente o controle, de novo.
Será que existe algo mais emocional do que optar por ser racional, por medo de errar novamente? E o que é mais racional do que permitir que essa emoção guie cada um dos nossos passos? Às vezes são tão altas as vozes de fora, que a gente acaba não ouvindo o peito gritando. O meu peito é que gritou alto demais, calando as vozes de fora. Epifania. Compreensão súbita. Era como se estivesse tua imagem estampada em tudo que vejo. E aquela presença permanente no meu pensamento me fez percorrer a extenuante e perigosa trilha que me leva de encontro a ti.
Será que existe burrice maior do que saber todas as respostas? E sabedoria maior que a sabedoria de se deixar enganar? A gente pensa que, com o passar do tempo, aprendemos a pular as rasteiras que nos são passadas. Digo, por experiência própria, que existem tombos que eu adoraria tomar de novo. Me via novamente ansioso. Tão ansioso que passei a olhar pros lados, sempre achando ser a tua voz qualquer ruído que me atingisse os tímpanos. As vezes em que acertei são minoria, mas eu aprendi demais, justamente por errar demais.
Os minutos que a gente tem juntos viram dias e semanas em câmera lenta, dentro da minha cabeça, toda vez que o elevador desce contigo dentro. Meu coração está vazio, sem mobília. Mas tudo que eu preciso agora é de espaço pra te construir dentro do meu peito, com as poucas peças que tenho em mãos.
Com quem estou ao telefone? Com a saudade, que há muito não vejo. Ela está chegando, e não parece ter planos de ir embora tão cedo. Eu aguento. Basta que feche os meus olhos e dê play numas poucas horas de filme, e uma mísera foto sem resolução no meu celular. Cá estou eu, do alto do meu sexto andar, perdendo o controle, de novo.
Tudo acontecia devagar. Tudo que ela fazia parecia, aos meus olhos, acontecer em câmera lenta. Como se fizéssemos amor debaixo d’água.
Nada mudou: continua tudo mudando a todo minuto.

ASMA


Impressionante a capacidade que pessoas aleatórias têm - de ser "a melhor pessoa de todos os tempos". Todo dia, andando pela rua, eu me deparo com uma pessoa que eu nunca vi na vida e penso: "eu preciso conhecer essa guria", "ela é a melhor pessoa do mundo". E vale salientar que eu não me prendo apenas à beleza física, ou na escolha das roupas, nem mesmo naquele mais-puro-charme, quando penso nisso. É uma questão de vibrações. E eu falo de "vibrações" no sentido menos hippie da palavra. É como se vibrássemos em freqüências semelhantes. É como se eu mandasse sinais, códigos, para todos os lados, e esses códigos coincidissem com os dela.

* Se ela é mal-educada, não sei. Burra? Não sei! Tem mau hálito? Como saber, se eu nem conversei com ela? "E por quê eu não cheguei e falei?" - me pergunto, em "Depois de Voltar". A resposta me vem à cabeça antes mesmo de colocar a interrogação no final do verso. É que eu não poderia suportar o fato de saber que essa pessoa não é a melhor pessoa do mundo. Eu não gostaria nem um pouco de saber que trata-se de uma pessoa comum, cheia de defeitos e características que eu possa vir a detestar. Eu não quero que ela seja desse mundo.

* Então eu prefiro me agarrar a esses poucos minutos em que eu fico imagino. Eu penso que aquele olhar meio perdido, que lembra muito o meu, não é uma coincidência. Eu penso que ela só não me viu porque, assim como eu, está com a cabeça nas nuvens e, de lá, manda sinais, também para todos os lados. E é assim que eu me apaixono, meus caros, mesmo que seja por um punhado de minutos. Todo dia é assim.

* No entanto, se existe alguma coisa que me motiva a sempre sair na rua e mandar esses sinais sem destinatário, é o fato de eu acreditar nas coincidências absurdas que se escondem por detrás de todas essas esquinas. De alguma forma, lá no fundo, eu sei que vou tropeçar em ti, mais cedo ou mais tarde. Sei que não vai haver distração capaz de tirar o teu olhar do caminho do meu. Algo vai acontecer, e os nossos sinais vão se coincidir, vamos colidir de forma tão violenta que a nossa vibração vai ser uma só. Vamos ressonar, pra todo mundo ouvir e voltar a acreditar que as "melhores pessoas do mundo", de fato, existem. Aí eu virei aqui pra contar que o destino realmente existe, e que muitas das nossas melhores histórias são escritas a quatro mãos, de olhos fechados, e sem revisão ortográfica.

* Quando eu digo que o futuro é agora, quero dizer que o final dessa história depende do começo, da primeira linha, da primeira palavra. É por isso que eu pego a caneta pra escrever os meus dias nas calçadas, nas marquises, vitrines e paredes. É por isso que eu vou vagar sem rumo, sem mapa, por essas ruas, seja de São Paulo, ou de qualquer outro lugar do universo. É porque eu tenho certeza de que, um dia, eu vou tropeçar em ti, mesmo que tu ainda não exista. Mesmo que tu sejas uma utopia, uma ilusão que eu criei na minha cabeça. Mesmo que tu não passes de uma paixão-de-5-minutos. Mesmo que, para isso, eu tenha que esquecer como é que se volta pra casa.
Os diagnósticos possíveis são muitos. Os prováveis são alguns. São várias as teorias e elas vêm de todo lugar, mas só uma realmente vale alguma coisa - a minha. O problema é que eu não fico o dia inteiro bolando teorias sobre o meu funcionamento. Eu não tento fundar minhas atitudes em algum padrão de comportamento ou cartilha. Eu simplesmente vou lá e faço. Eu simplesmente fico aqui e digo. Sento-me na frente do PC e escrevo. E não há um padrão. Não é um capricho consciente, essa minha inconstância.

* Eu realmente gostaria de fazer sentido.

* Consigo ver perfeitamente o estranhamento que causo em algumas pessoas. Essa intensidade desmedida choca, e gera dúvidas acerca da autenticidade de tudo que eu sinto. Mas eu sinto. E sinto muito, tanto que chega a parecer que é mentira, encenação, que eu não sinto absolutamente nada. É como um vício, como se eu estivesse sempre procurando um motivo pra sair da normalidade, do stand by, pra transcender a vida comum e os sentimentos amenos. É como se eu me forçasse a apaixonar-me toda semana, e sempre por um novo alguém. Eu chego ao cúmulo de quase-inventar histórias, quando encontro dificuldade em vivê-las de verdade. Mas eu as invento de forma tão convincente que a maioria delas se transcreve na minha vida, nos meus dias.

* Eu realmente gostaria de ser compreendido.

* Isso me leva a concluir que somos realmente capazes de viver as histórias que inventamos, mas não como o lunático que crê ser Napoleão Bonaparte. É que com alguma insistência, um pouco de prática e um punhado de sorte, eu fui capaz de te trazer pra minha história, que acabei de começar a escrever. Você nem sabe que faz parte dela, que age conforme regem as linhas que eu escrevo, mas você já foi escalada pro seu papel, e ele é de protagonista.

* Eu realmente gostaria que você acreditasse em mim.

* Cabe a mim viver essa história, de forma tão fiel que mentira e verdade se fundam em uma narrativa com início, meio, e um fim, cujo decreto cabe à minha caneta. Cabe a você deixar-se ser escrita, e eu tenho muita coisa pra contar. E não precisa dizer que eu não te conheço, que isso não faz sentido, que eu estou enlouquecendo. Eu sei muito bem disso. Sei que os diagnósticos possíveis sao muitos e que os prováveis são alguns, mas meu médico sou eu mesmo e eu acabo de receber alta.

* Eu realmente gostaria.


É chegado o dia em que a gente faz um monte de coisas pela última vez, e outras pela primeira. A gente promete deixar de fazer isso, passar a fazer aquilo, mudar, mudar, e mudar de novo. No entanto, esse ano eu vou tentar diferente. O que eu quero agora é dar continuidade. Eu quero tudo que eu já tenho, só que em quantidades maiores, muito maiores. Será que é pedir demais?

* É chegado o dia em que a gente vai parar de fazer as coisas pela metade, para fazê-las de verdade. Não mais direi meias-palavras, muito menos acreditarei em meias-verdades. Eu quero a verdade por inteiro, e quero que ela seja dolorida, se tiver que ser, ou prazeirosa, ou como eu bem quiser - mas que seja de verdade! Eu quero conhecer as pessoas por completo, ir além da casca e, em suas almas, encontrar as ferramentas para curar as feridas da minha. Para que isso aconteça, vou me relacionar além da superfície, e ver que há algo por detrás dos olhos, e que o abraço não traz apenas calor. Que risquem dos dicionários a solidão.

* Quero conseguir ouvir mais do que palavras e arrancar sorrisos que contenham mais do que dentes e gengivas. Eu quero sorrisos nos olhos. Quero que o choro seja mais do que simples murmúrio e que as risadas me tragam a paz que eu preciso. Digo isso pois tenho certeza de que a alegria vai ser intensa, e as felicidades não caberão em mim, forçando-me a dividi-la com todos que fazem questão de viver ao meu redor.

* E que o amor arrebate. E que seja forte, contagioso e incurável.

segunda-feira, 13 de junho de 2011


Sabe as coisas não sâo como eu quero, eu nâo escolhi isso pra mim,muito menos optei por amar voce!
Na verdade as coisas boas acontecem assim! De uma hora pra outra, mas tente entender, eu vou lutar por isso.
E veja só onde agente chegou, conheci-a na hora certa, e logo chamo isso de amor, e te digo, e tu perguntas oque ? eu respondo com EU TE AMO,ignorastes.
Pois tambem tenho um lado negro só meu,e quando a dor chegar ? Quem é que vai te ouvir? te fazer respirar? te devolver o ar ? E quando acabar ? um corpo pra esquecer, outras feridas pra sarar. E o Adeus que eu nâo falei.
Sou um retrato que a tua mão revelou,Cópia barata do que eu acho que eu sou
E sim, amor, eu sei que eu não devia,Querer demais o que eu nem sei o que é...
O que o homem quer de uma mulher?
As coisas que eu aprendi...
Às vezes em que eu quase morri...
Vai passar,Você nem vai perceber,Vai mudar,E eu sei que vai doer
Em mim...
E pelo menos uma vez, uma mulher vai te trair,Mas você também, um dia, trairá
Vai aprender que ainda não sabe amar.Eu achava que não
Hoje eu sei que vai...
Vai passar,
E eu nem vou perceber,Vai mudar,E eu sei como vai doer...
Demais.
Há muito tempo, eu aprendi,Que os inimigos são pra nos testar,Aprenda o que eles têm pra te ensinar,
Porque eles sabem tudo de você.
A vida me diz que não
Mas sabe que vai...
Vai passar,E eu nem vou perceber
Vai mudar,Vai mudar,Vai mudar,Vai mudar...

E acabar.

Fail




Eu já nâo sei mais nada sobre mim, dizer que sou isso aquilo ? nâo clichê demais para uma vida diferenciada. E agora o rosto no espelho eu ja nâo lembro mais, prometer ? nâo.


Iludir dizendo que isso vai durar para sempre, nâo pretendo te enganar, o tempo vai se encarregar de tirar a minha ea tua paz!


Nâo eu nâo sei, lidar. Nâo nâo sei amar, mas meus concelhos surgem efeito, com os outros e nâo comigo, como entender ?


E veja só onde aente chego, recebo as coisas que voce me falou, eu sou o fruto da minha falha.


E depois vem me culpar, nâo, voce nâo sabe de mim, nem eu mesmo me conhesso, mas meu espirito pegou tua mâo, e os lados os laços se fitarâo num nó,perfeito e desmenbrado, apertando minha coluna, com tudo oque eu tenho pra dizer, oque eu nunca falei, eu fico me rodiando, procurando uma BRECHA, mas veja bem,ja tenho varias em meu coraçâo, mais uma ? pra mim sofrer? nâo, talvez no proximo verâo.



Eu nunca fui de lembrar
Nem tenho quadros em casa
Pois são a fonte do problema

A vida nem sempre é
Do jeito que eu esperava
Eu já nem sei se vale a pena

Mas se eu pintar um horizonte infinito
E caminhar
Do jeito que eu acredito
Eu vou chegar em um lugar só meu

Lá pode ter um novo amor pra eu viver
Quem sabe uma nova dor pra eu sentir
A droga certa pra fazer te esquecer
E apagar a tua marca de mim

Tudo pode estar lá,
E eu aqui.